14 agosto 2022 16:17

José Fragata é um dos homens da transplantação em Portugal. Deixará de exercer dentro de um ano, quando fizer 70
Às portas da jubilação enquanto professor catedrático na Universidade Nova de Lisboa e a um ano de abandonar os corredores do serviço que o viu crescer, o de cirurgia cardiotorácica do Hospital de Santa Marta, em Lisboa, o cirurgião José Fragata fala ao Expresso do que o preocupa no futuro do SNS. Lançou há pouco o primeiro livro “de opinião”, A reforma necessária do Sistema de Saúde Português, que versa sobre o que deve ser o SNS no futuro — e sobre o que será se nada for feito
14 agosto 2022 16:17
É um dos homens da transplantação em Portugal, responsável pelo Centro de Referência de Transplante Pulmonar, no Hospital de Santa Marta, em Lisboa, único no país.
Em 2023, terminará a carreira, sem nunca se "reformar", porque um homem como ele não se reforma. Continuará a trabalhar no privado, onde está há 31 anos. Permanecerá disponível para aconselhar quem o queiser ouvir. Afinal, foram "quatro ou cinco" gerações de médicos-cirurgiões formados, 45 anos de carreira no SNS, a entrar pelo coração dos portugueses adentro.
No livro que lançou recentemente diz que o SNS precisa de uma reforma. É uma prescrição para o diagnóstico que faz?
O SNS vive uma crise de mudança e de falta de adaptação. E se não está bem, não vai ficar melhor. Eu digo no livro que a saúde não é pública nem privada. O SNS está preso pela ideologia política. Mesmo quando a oposição a este Governo esteve no poder, não conseguiu nunca uma reforma.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.