A Livraria Lello avança ter ficado a saber do ataque a Salman Rushdie pela comunicação social, não tendo sido até agora contactada pelo Grupo Leya, que está a coordenar a visita do autor de "Os Versículos Satânicos" a Portugal, em meados de setembro.
“Só há momentos soubemos o que aconteceu em Nova Iorque e ainda não fomos contactados pela editora que representa o escritor no nosso país", refere o Gabinete de Comunicação da Lello, livraria que anunciou, na passada semana, que iria receber Salman Rushdie, a 17 de setembro, para uma conversa com a jornalista e crítica literária Isabel Lucas.
O escritor britânico foi, esta sexta-feira, alvo de um ataque à faca durante um evento que decorria na Chautauqua Institution. Segundo a polícia, Salman Rushdie foi transportado de helicóptero para um hospital, com ferimentos no pescoço.
As medidas de segurança para acompanhar a presença do escritor em Portugal ainda “não estavam fechadas”, escusando-se a Lello a adiantar que tipo de precauções se encontram a ser equacionadas ou se a visita ficará comprometida após o ataque de que o escritor foi alvo esta sexta-feira. “Sabemos que terá sido hospitalizado, mas desconhecemos a gravidade dos ferimentos”, acrescenta a Lello.
A última vez que o autor duas vezes premiado com o Booker Prize esteve em Portugal foi em 2016, no Festival Literário Internacional de Óbidos, onde foi recebido por centenas de leitores. Oito anos depois, é esperado na famosa livraria portuense, evento de entrada livre, se a visita não ficar comprometida pelo estado de saúde do escritor.
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