Universidades e politécnicos não querem mais vagas no ensino superior, mas decisão é do Governo
Instituições de ensino justificam motivos financeiros para serem contra a abertura de vagas extraordinárias na 1.ª fase de candidatura
A 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior - que terminou esta segunda-feira - contou com cerca de 60 mil candidatos para as 53 mil vagas abertas para o ano letivo de 2022/2023. De acordo com o jornal “Público”, tanto as universidades como os politécnicos não querem que sejam abertas vagas extraordinárias, mas o Governo ainda não tomou uma decisão.
A abertura de vagas extraordinárias foi utilizada nos últimos dois anos face ao aumento do número de candidatos. O despacho orientador para a fixação de vagas deste ano prevê novamente essa possibilidade, mas a decisão cabe ao Governo.
“Mais alunos significam mais salas de aulas, mais docentes, mais técnicos”, alerta o presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), António Sousa Pereira. O representante dos reitores realça que desde 2018 as universidades “aumentam as vagas para os cursos de excelência” e nos dois últimos anos abriram-se as vagas extras face ao aumento de candidaturas, mas isso “traduziu-se em ‘zero’ em termos orçamentais”. “Muitas instituições dizem-nos que estão no limite”, acrescenta a presidente do Conselho Coordenados dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Maria José Fernandes.
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