Qual é o ponto da situação e como é que a declaração de emergência de saúde pública internacional, feita pela Organização Mundial da Saúde, mudou a forma de Portugal lidar com a monkeypox?
No fundo, o que esta declaração significa é que é uma subida do nível de alerta. É o maior nível de alerta que a OMS pode pedir que tenhamos. Aqui em Portugal revisitamos as medidas e interrogamo-nos sobre o que mais podemos fazer. Temos de ter em conta a epidemiologia em Portugal e o que verificamos é que atravessamos uma fase de estabilização de casos, até com uma ligeira redução, e temos de ser proporcionais a essa situação. Se estivéssemos a ter um crescimento exponencial teríamos de tomar mais medidas. Há aqui outra questão, que é absolutamente fundamental: a vacinação. Começamos a vacinação há pouco mais de uma semana [antes da declaração] e é importante reavaliar o que está acontecer e o que podemos melhorar. Nessa declaração de emergência, a vacinação tem um papel relevante e a OMS recomenda mais expressamente que seja equacionada a possibilidade de vacinação preventiva além da vacinação que já foi adotada pela maioria dos países, que é feita a após a exposição. Diria que se tornou mais evidente com esta declaração a necessidade de termos mais vacinas e de alterar, ou pensarmos seriamente em alterar, a estratégia de vacinação e passarmos para vacinação preventiva. Queremos continuar e intensificar todas as atividades que possamos ter em conjunto com as várias comunidades, prestadores, associações, líderes comunitários... Portanto, temos feito esse esforço e pretendemos continuar a fazer e tomar decisões com base também naquilo que são as experiências que nos vão relatando.
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