10 julho 2022 10:26
karen toro/reuters
Prisão de traficante brasileiro preocupa autoridades, que acreditam que este pertencia ao Primeiro Comando da Capital, conhecido pela violência
10 julho 2022 10:26
D. Lisboa liderava uma rede que importava polpa de fruta congelada do Brasil para a Europa. Em abril de 2020 foi detido pela Polícia Judiciária, quando esta descobriu duas toneladas de cocaína camufladas entre o açaí num contentor no Porto de Sines. Fontes judiciais suspeitam que aquele paulista fazia parte do Primeiro Comando da Capital (PCC), considerado o maior grupo criminoso da América Latina e conhecido por agir com violência extrema.
O brasileiro liderava, do outro lado do Atlântico, uma empresa de comércio de fruta exótica que tinha um armazém em Palmela e era gerida por dois cúmplices. D. Lisboa só vinha a Portugal quando a mercadoria chegava a Sines. Em maio, o Tribunal de Setúbal condenou-o a 10 anos de prisão, por tráfico de droga. A suspeita de D. Lisboa pertencer ao PCC, que conta com 38 mil membros em todo o mundo, é contestada pela sua defesa. “Do processo não resultou nada disso. É uma surpresa que a polícia ande a imputar esses factos”, diz o advogado Carlos Melo Alves ao Expresso.