James Webb foi diretor da NASA, o segundo na história da agência espacial norte-americana, e exerceu funções entre 1961 e 1968, após ter sido nomeado no início da administração de John F. Kennedy. Se até muito recentemente poderia ser um ilustre desconhecido para muitos, atualmente está nas bocas do mundo, uma vez que foi o nome escolhido para o maior e mais potente telescópio alguma vez concebido. Depois de sucessivos adiamentos, o lançamento está previsto para o dia 25 de dezembro.
O projeto começou a ser desenhado há 25 anos e há uma década que conta com mão de obra portuguesa. Catarina Alves de Oliveira chegou à ESA (Agência Espacial Europeia) em 2011 e, desde logo, integrou a missão para conceber o JWST (James Webb Space Telescope). A astrónoma de 39 anos, radicada em Madrid, onde trabalha no Centro Europeu da Astronomia Espacial, foi a responsável por calibrar o espectrógrafo do telescópio e, em entrevista ao Expresso, explica que terá uma “sensibilidade 100 vezes superior à do Hubble”.
Mais do que um telescópio, o James Webb é uma máquina do tempo que permite retratar como era o universo há 13,5 mil milhões de anos, quando ainda estava no berço e a Terra nem sequer existia. O passado começa agora e parece coisa do futuro.
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