20 agosto 2021 9:32
paulo cunha
Advogado vai pedir o levantamento do segredo de justiça: “Não há lei que diga que se deve proteger o ministro ou que o segredo de justiça é declarado por razões políticas”
20 agosto 2021 9:32
Dois meses após o atropelamento mortal de um trabalhador pelo carro de serviço do ministro Eduardo Cabrita, a família tem como rendimento a pensão provisória dada pela seguradora - 300 euros das filhas e 400 da mãe. O advogado da família, José Joaquim Barros, explica, em declarações ao “Correio da Manhã”, que “o único rendimento da família era a do falecido”.
“A Segurança Social era quem deveria ter agido primeiro e não agiu. Apesar disso, a seguradora de acidente de trabalho portou-se bem e aceitou pagar uma pensão provisória à família”. O advogado diz que o seu “primeiro objetivo era fazer com que a família não entrasse numa situação de carência”, alegando que “foi cumprido”.
José Joaquim Barros acusa o ministro da Administração Interna de "falhar com o prometido”, alegando que Eduardo Cabrita garantiu que iria agilizar o processo para que a família não passasse dificuldades.
Segundo o mesmo jornal, o advogado vai pedir o levantamento de segredo de justiça. “Este acidente tem a particularidade de envolver o carro de um ministro, mas, se existe segredo de justiça por isso, é ilegal. Não há lei que diga que se deve proteger o ministro ou que o segredo de justiça é declarado por razões políticas”.