1 julho 2021 23:40

Carro do ministro atropelou o chefe de uma equipa de limpeza da A6. Ao contrário do que disse o MAI, haveria sinalização dos trabalhos
paulo cunha/lusa
INEM saiu em sentido contrário na A6 e bombeiros receberam três moradas diferentes. Inquérito pode demorar oito meses. Duas semanas depois, MAI continua em silêncio
1 julho 2021 23:40
Correu tudo mal no dia em que Nuno Santos foi prestar serviço no quilómetro 77 da A6, na direção Évora-Lisboa. Eram perto de 13h quando os seus trabalhos de manutenção na via foram subitamente interrompidos. Foi mortalmente atropelado por uma viatura a grande velocidade. Lá dentro, seguiam o motorista, o ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita, e um assessor. Ninguém sabe quem o fez, mas alguém pediu socorro. Tinham passado cerca de 14 minutos quando o 112 foi acionado e, mais minutos depois, a perder-se no caminho.
Foi precisa quase uma hora para um médico especialista em emergência médica chegar perto de Nuno Santos. Podia ter demorado mais, a vítima não podia ter sido ajudada: teve morte imediata com o impacto, visível sem precisar de um olhar treinado. Recebido o pedido de ajuda, a estrutura 112 fez acionar as autoridades, a GNR e primeira entidade a chegar, e o socorro médico do INEM e os bombeiros.