A Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (UNCC/PJ) realizou mais de duas dezenas de buscas, esta quinta-feira de manhã, a empresas de Lisboa suspeitas da lavagem de dezenas de milhões de euros provenientes de atividades criminosas. Estão em causa possíveis crimes de branqueamento de capitais e crimes precedentes de fraude fiscal. Para já, estarão identificados cerca de uma dezena de suspeitos. A PJ batizou assim a investigação: “Operação Laranja”.
As suspeitas envolvem a circulação de dinheiro entre contas bancárias da Bélgica e contas bancárias portuguesas, cujos titulares são cidadãos brasileiros donos de empresas sem atividade económica conhecida. Segundo o “Jornal de Notícias”, as contas portuguesas terão sido abertas com o objetivo de fazer circular o dinheiro sujo, cuja origem as autoridades ainda não terão conseguido descobrir.
Algumas empresas de construção civil com sede na Bélgica poderão estar envolvidas no esquema, mas a polícia e o Ministério Público suspeitam que o volume de negócios destas não é suficiente para justificar os montantes que se encontram nas contas portuguesas.
Ainda segundo o “Jornal de Notícias”, a investigação teve início depois de alertas feitos por gabinetes de compliance de bancos nacionais à Unidade de Informação Financeira da PJ e ao Departamento Central de Investigação e Ação Penal, tal como prevê a lei de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo.
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