Sociedade

Bacalhau à Brás foi o prato mais preparado em casa pelos portugueses confinados, segundo a Mastercard

Bacalhau à Brás foi o prato mais preparado em casa pelos portugueses confinados, segundo a Mastercard
D.R.

O 'top 5' dos pratos mais executados nas casas lusas também inclui bifanas, arroz de pato, caldo verde e cozido à portuguesa. Na culinária doméstica, os espanhóis deram primazia às tortilhas, os italianos ao esparguete à carbonara e os franceses aos crepes

Cozinhar em casa foi uma tendência em destaque desde que começou a pandemia de covid-19 e, segundo um estudo da Mastercard (que auscultou 800 portugueses), o prato tradicional mais executado no país tem sido Bacalhau à Brás (é mencionado por 43,4% dos inquiridos em Portugal).

O 'top 5' dos pratos mais executados pelos portugueses em casa também inclui bifanas (mencionadas por 37%), arroz de pato (34,8%), caldo verde (33,7%) e cozido à portuguesa (28,6%).

Em outros países europeus, os pratos mais populares de culinária caseira no ano da pandemia foram as tortilhas para os espanhóis, o esparguete à carbonara para os italianos, os crepes para os franceses ou o 'rindsrouladen' (rolo de carne) para os alemães, segundo apurou a Mastercard.

No Reino Unido e Irlanda, os pratos domésticos mais confecionados durante a covid foram o 'roast' (assado), na Polónia as 'naleśniki' (panquecas), na Rússia as 'kotleti' (costeletas), na Ucrânia a 'borscht' (sopa de beterraba), na Roménia a 'mămăligă' (polenta), na Holanda o 'stamppot' (guisado) e na Suécia as 'kottbullar' (almôndegas).

Na Bélgica, os cidadãos confinados continuara a dar primazia às 'frieten' (batatas fritas), na República Checa ao 'guláš' (gulache), na Áustria ao 'wiener schnitzel' (escalope à moda de Viena) e na Eslováquia à 'kapustnica' (sopa de repolho).

O renascimento do jantar à mesa veio para ficar para 49% dos portugueses

O estudo da Mastercard - efetuado pela empresa de pesquisa independente Fly Research, que questionou 19.000 adultos em 19 países durante os meses de janeiro e fevereiro de 2021 - mostra que 64% dos portugueses inquiridos melhoraram os dotes culinários no último ano e 68% confessou ter dedicado mais tempo à cozinha, em média quase três horas (2,7h) desde o início do primeiro confinamento, mais 63 minutos comparativamente ao período pré-pandemia.

Mais da metade (55%) dos portugueses disse que as refeições trouxeram uma ligação maior entre as pessoas em casa e para 68% o ritual de se sentarem à mesa veio para ficar. Neste período destacou-se o renascimento do 'jantar' para 49% dos cozinheiros domésticos lusos, que continuaram a receber amigos, famílias ou as respetivas 'bolhas', sempre que era seguro fazê-lo.

Um em cada cinco também disse ter utilizado a plataforma Zoom para estar em contacto com amigos durante o jantar e 71% deseja retomar estes jantares sociais de forma regular, assim que for permitido. A influência da TV, serviço de streaming e redes sociais contribuiu ainda para inspirar muitos portugueses (42%) a cozinharem o que veem no ecrã.

De acordo com a Mastercard, "as limitações do confinamento mudaram como e onde os consumidores compram", e 27% admitiram que estas motivaram a que, pela primeira vez, fizessem encomendas de produtos em mercearias online. Cerca de 35% garantem continuar a comprar online quando as restrições terminarem, mas 75% referem ter preferência por adquirir produtos de mercearia em lojas físicas.

"Também 25% disseram que gastam mais dinheiro em mantimentos ao efetuar compras online, devido ao impulso de comprar alimentos e ingredientes diferentes, mas 30% não aumentaram, nem reduziram este tipo de despesa", adianta a Mastercard, lembrando ainda que aumentaram os gastos com "entretenimento alimentar" com a compra de utensílios de cozinha, livros de receitas, louças ou velas. Aqui, os artigos mais adquiridos pelos portugueses foram tachos e panelas (44%) e copos (25%).

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