6 março 2021 19:15
friedemann vogel/epa
Para o período de reabertura, é preciso uma política de testagem e atualizar os níveis de risco por concelho. “Ninguém pode prometer que não voltamos a confinar”, alertam
6 março 2021 19:15
Fazer um desconfinamento gradual, com um período de tempo entre cada fase de abertura que permita medir o impacto na situação epidemiológica, é um ponto consensual entre especialistas em saúde pública. As novas variantes exigem uma atenção particular e ninguém põe de parte a possibilidade de uma nova vaga. Por isso, pedem uma reabertura progressiva à semelhança do que o Reino Unido apresentou esta semana, com uma mensagem muito clara para a população e sem assumir certezas que não existem.
“Ninguém pode prometer que não voltamos a confinar. E se isso voltar a acontecer não é um problema exclusivo nosso, é a solução que todos os países têm encontrado”, defende Tiago Correia, especialista em saúde pública internacional, que não vê outra hipótese que não seja um desconfinamento gradual, olhando para o que outros países estão a fazer, mas adaptado à capacidade de testar e rastrear em Portugal. “Quem tem maior capacidade pode desconfinar mais sectores ou níveis de ensino em simultâneo, quem tem menos não pode ser tão rápido. Precisamos de ter uma política de testagem, disponibilidade de testes e equipas de saúde pública para fazer rastreios.”