Fogos: estado de alerta prolongado até terça-feira
Nos últimos dois dias foram registadas 369 ocorrências. O ministro da Administração Interna prolongou o estado de alerta por mais 48 horas.
Apesar de às 13h00 o site da Protecção Civil indicar apenas quatro incêndios ativos em Portugal Continental, condições climatéricas adversas obrigam a estender por mais 48 horas a situação de alerta de incêndio que terminava às 23h59 deste domingo.
Dos 29 ocorrências registadas no site da Proteção Civil, além dos quatro fogos já referidos, 2 incêndios estavam em fase de resolução e 23 que entraram na fase de conclusão.
Num fim de semana bastante difícil em que já há lamentar a morte de um bombeiro que prestava serviço num incêndio em Leiria, o ministro da Administração Interna, à saída da reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, avançou que só nos últimos dois dias foram registadas 369 ocorrências de incêndio.
Com 74 incêndios registados, o Porto foi o distrito mais flagelado este sábado com 74 ocorrências, seguido pelo de Braga (35), Aveiro (25), segundo o site Fogos.pt. Lisboa regsitou 19 ocorrências. Entre a meia-noite e as oito da manhã deste domingo a mesma fonte indica 37 fogos.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou este domingo a morte de um bombeiro em Leiria, no sábado, que classificou como "um dia muito intenso e difícil para os bombeiros portugueses".
O Presidente da República junta-se assim às mensagens do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita e do primeiro-ministro António Costa sobre a morte de Filipe Pedrosa, dos Bombeiros Voluntários de Leiria, ontem ao final da tarde.
Numa nota publicada no site oficial da Presidência da República, o chefe de Estado informou que "esteve em permanente contacto com o terreno, acompanhando as operações e o estado de saúde dos bombeiros que foram feridos".
"Infelizmente, a notícia da morte do bombeiro do corpo de voluntários de Leiria, vítima de doença súbita enquanto cumpria a sua missão em operações de rescaldo e vigilância, causou profunda consternação, evidenciando as grandes exigências por que passam todos estes homens e mulheres que arriscam diariamente as suas vidas pela vida do próximo", acrescentou.
Na nota, o Presidente da República informou que já falou pessoalmente com a família do bombeiro Filipe Pedrosa e dirigiu "os mais sentidos pêsames" à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Leiria, bem como aos seus familiares e amigos.
O bombeiro de Leiria morreu no sábado no hospital da cidade após ter entrado em paragem cardiorrespiratória quando participava nas operações de rescaldo de um incêndio na freguesia de Arrabal, concelho de Leiria.
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