16 março 2020 15:19

Profissionais voluntariaram-se junto da Ordem dos Médicos para apoiar cuidados nas unidades públicas. A maior parte está no privado ou na reforma
16 março 2020 15:19
O bastonário da Ordem dos Médicos prepara-se para enviar ao Governo uma lista com mais de três mil clínicos que se voluntariaram para ajudar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) a enfrentar a pandemia Covid-19. “A maior parte destes médicos trabalha no sector privado ou já está na reforma. Neste momento, não há sector público, privado e social. Há um sistema de Saúde”, sublinha Miguel Guimarães.
Os mais de três mil médicos responderam a um apelo da Ordem para reforçar a resposta do SNS a todos os que estão sob suspeita de terem contraído a infeção ou já doentes. Os médicos no ativo, das mais diversas especialidades, estão disponíveis para integrar as equipas dos cuidados primários ou hospitalares do SNS nos períodos em que não estão a trabalhar nas suas unidades.
A lista continua aberta, prevendo-se a adesão de mais médicos, e deverá agora ser analisada pelo Ministério da Saúde e pela Direção-Geral da Saúde para proceder à identificação dos locais onde estes profissionais poderão dar a sua ajuda.
Também vão ser enviados ao Governo os nomes de outros 600 clínicos que se ofereceram para reforçar a Linha de Apoio ao Médico e de 800 enfermeiros para a linha SNS24. Segundo a Ordem dos Enfermeiros, 600 dos nomes já foram remetidos à Altice, o gestor privado do serviço.
A Ordem sublinha, ainda assim, que “para que todos aqueles que estão disponíveis para reforçar a linha o possam fazer efetivamente, é necessário que a tutela aprove essas contratações”. E explica: “Este é um processo de cooperação entre todas as entidades, cabendo à Ordem divulgar o apelo entre os enfermeiros, recolher os dados e remete-los às entidades competentes. A contratação é da responsabilidade da tutela, em articulação com o operador privado que gere a linha de apoio".