
Um em cada cinco jovens em Portugal dizem ter qualificações a mais para a função que exercem. Sobrequalificação tem impacto no desempenho e na progressão salarial e é uma alavanca para a emigração
Um em cada cinco jovens em Portugal dizem ter qualificações a mais para a função que exercem. Sobrequalificação tem impacto no desempenho e na progressão salarial e é uma alavanca para a emigração
Jornalista
Quase 305 mil jovens em Portugal, entre os 16 e os 34 anos, com experiência profissional, dizem ter qualificações a mais para o trabalho que exercem. Significa isto que um em cada cinco jovens profissionais (20,8%) no país está em situação de sobrequalificação, possuindo níveis de escolaridade superiores às exigências da sua função. A este número há que acrescentar outro: 22,7% referem também ter mais competências do que o emprego que ocupam exige. Os números constam de uma análise realizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a partir dos dados anuais do Inquérito ao Emprego, que retrata os percursos educativos dos jovens em Portugal e a sua relação com o mercado de trabalho. Investigadores e economistas falam num desequilíbrio entre os profissionais que o país é capaz de formar e as qualificações que as empresas podem absorver, destacando um subaproveitamento do talento que tem impacto no desempenho destes profissionais, na sua motivação e progressão salarial, além de ser uma potencial alavanca para emigração qualificada.
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