21 maio 2023 18:16

josé fernandes
Nova melodia para a renovação da cena tradicional lisboeta com outro ‘tradivários’: o Suzana
21 maio 2023 18:16
É uma espécie de escola não mencionada. A ignição foi dada em 2015 pela Taberna Sal Grosso, arrasada numa crítica inicial por uma revista especializada em temas alfacinhas. Só que o sucesso foi consistente e parece ter sido uma inspiração para se fazer cozinha tradicional portuguesa com técnicas atualizadas, bons produtos, algumas variações e ter novos clientes dos dois lados: locais das gerações atuais e turistas que procuram comida portuguesa de qualidade. A ‘escola’ Sal Grosso é visível no Velho Eurico, na Cantina Baldracca (que ainda não conheço), no Petisco Saloio, etc. Em alguns destes espaços há jovens cozinheiros que passaram por Santa Apolónia, noutros sente-se um espírito comum.
O jovem cozinheiro José Saudade e Silva seguiu este caminho. Além do nome lusitanamente poético, faz receitas portuguesas com sabor, técnica, produto e algumas variações sem desvirtuar. O seu primeiro restaurante foi o Cacué (2017), na Rua Tomás Ribeiro. Agora abriu, a pouco mais de 200 metros, o Suzana, nome inspirado num painel de um antigo bordel dos anos 50. O espaço foi parcialmente decorado, mantendo-se parte do balcão da anterior cervejaria Las Palmas e algum mobiliário, mas com a sala pintada noutros tons e com uma pesada cortina de veludo a fazer uma entrada mais acolhedora.