28 outubro 2022 15:23
Quatro anos depois, o Salão de Paris regressa, marcado pela crise dos ‘chips’ e pela guerra na Ucrânia
28 outubro 2022 15:23
Segunda-feira, 17 de outubro, o Salão Mundial do Automóvel voltou a abrir as suas portas em Paris, ao fim de um longo interregno causado pela covid-19. Mesmo com as marcas japonesas, germânicas e coreanas ausentes, não faltou esplendor e arrojo gráfico nos dois pavilhões onde, até dia 23, decorreu o certame. Mas não era preciso afastarmo-nos muito da Porta de Versalhes para perceber que a pompa e circunstância (não faltou a visita do Presidente Emmanuel Macron, rodeada de impressionante aparato mediático-securitário) ia de par com outro tipo de sinais: filas quilométricas nas bombas de gasolina logo no vizinho Boulevard Periphérique (devido ao conflito laboral nas refinarias) e marcação para terça-feira 18, dia de abertura do salão aos visitantes não profissionais, de uma greve quase geral. Prova insofismável de quão indispensável o automóvel continua a ser nas deslocações quotidianas e do caminho que falta percorrer para tornar real o desígnio de, em 2035, se deixarem de fabricar na Europa viaturas com motor térmico.
Sinal dos tempos, a fortíssima aposta dos fabricantes presentes na eletrificação, seja total, seja incorporando soluções híbridas, recarregáveis na tomada, ou não. O ponto alto do discurso de Luca de Meo, diretor-geral do grupo Renault, foi a revelação do protótipo do novo 4L, ou seja, um SUV compacto de motorização elétrica integral. Do lado do grupo Stellantis, a aposta no Peugeot 408 (para já com motorização híbrida recarregável na tomada) ou no novo Jeep Avenger com tração integral e motorização híbrida ou 100% elétrica.