26 agosto 2022 19:12

A entrada de uma das galerias da mina da Recheira
minas da recheira
Uma incursão às aldeias históricas, com minas mágicas e mobilidade elétrica pelo meio
26 agosto 2022 19:12
As muralhas doutros tempos serviam para manter o inimigo, fosse mouro ou castelhano, longe dos povoados. Hoje mantêm a poluição atmosférica e acústica dos automóveis e autocarros turísticos à distância, obrigando-os a estacionar em parques periféricos como acontece em povoações preciosas como Óbidos e mais recentemente em Castelo Novo. Trágica ironia, esta, partilhada pelas aldeias históricas, monumentos ou sítios naturais: dependem do afluxo de visitantes para prosperar, mas esse mesmo turismo pode sufocá-los, descaracterizá-los e em última análise matá-los. Uma questão que também inquieta por essa Europa fora. Este verão, em França, entraram em vigor limitações de acesso e obrigações de reserva prévia para vistas diárias a paraísos naturais ameaçados pelo excesso de turistas, caso das enseadas (calanques) de Marselha ou das ilhas de Porquerolles ou Lavezzi. Nada que entre nós não vigore quase de origem nos Passadiços do Paiva...
Onde está o ponto de equilíbrio, se é que tal coisa existe? As sugestões de visita a algumas preciosidades beirãs que o leitor adiante encontrará talvez ajudem a esboçar algumas respostas para uma questão que é tudo menos simples.