A associação entre criminalidade e imigração não é insólita. Ela surge nas conversas de café, nos almoços de família, nas redes sociais, nos discursos políticos. Mas será esta uma crença generalizada? E terá fundamento? Não no caso português. O Estudo dos Valores Europeus (EVS 2017/2019) coloca Portugal no restrito grupo de sete países que, enquanto comunidade de acolhimento, não associam a imigração ao aumento da criminalidade. E essa ideia tem fundamentação estatística.
“Quando se compara (com o resto da Europa), percebe-se claramente que o impacto que os estrangeiros têm no total de reclusos em Portugal é bastante baixo”, afirma a diretora do Observatório das Migrações, Catarina Reis de Oliveira. Segundo dados compilados pela própria para o relatório “Indicadores de Integração de Imigrantes” de 2022, estamos em 16º no ranking dos países europeus onde os estrangeiros mais pesam na população reclusa. E bem longe de países como o Luxemburgo, Grécia e Áustria, que têm mais cidadãos estrangeiros do que nacionais nas suas prisões.
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