16 setembro 2022 12:57

A portuguesa Victoria Guerra interpreta Bárbara Azevedo, uma jovem que abandona os estudos em Madrid e um futuro promissor na medicina para ir viver no Brasil
manolo pavón/netflix
Ninguém lhe viu a cara ou lhe conhece a identidade. Apenas se sabe que se trata de um serial killer e que é conhecido como “Santo” — personagem-título da primeira coprodução entre Brasil e Espanha para a Netflix. Estreia hoje
16 setembro 2022 12:57
Desengane-se quem acha que já percebeu quem é o bom, o mau e o vilão. O novo thriller policial da Netflix, que se estreia hoje, é pouco dado a leituras maniqueístas. “O ponto de partida é praticamente o de chegada: a invisibilidade do mal”, diz Carlos López. “Todos o temos dentro, a questão é como reagimos quando o encontramos”, acrescenta o guionista. “O maniqueísmo tem muitos problemas para contar uma história. Desde logo, o de ser um conceito vazio e pouco humano. Se o objetivo é emocionar, interessar e chegar às pessoas temos de entrar nesse terreno tão sensível que é a alma humana”, defende.
A complexidade está em todas as personagens, garante, apesar de haver dois protagonistas. Raúl Arévalo é Millán, o polícia desacreditado e desiludido, que se deixa corromper. Cardona é o que resiste, pelo menos aparentemente. “É uma figura muito densa, que passa por situações muito complicadas e eu sou o tipo de ator que se prepara a partir de dentro, com base nas minhas vivências, e esse processo é doloroso”, explica Bruno Gagliasso, que diz que este foi dos trabalhos mais difíceis que teve.