3 fevereiro 2023 21:16

Cucha Carvalheiro, na foto, escreveu e encenou “Fonte de Raiva”, onde também entram Inês Rosado, Josana Campelo, Júlia Valente, Leonor Buescu, Luís Gaspar e Sandra Faleiro
estelle valente
Cucha Carvalheiro aborda o reconhecimento dos mecanismos da memória, tendo por inspiração um texto de Brian Friel. A ver no São Luiz, em Lisboa, até 12 de fevereiro
3 fevereiro 2023 21:16
Em 1990, estreava-se em Dublin a peça “Dancing at Lughnasa”, de Brian Friel; em 1996, a peça podia ser vista em Lisboa, no Teatro Maria Matos, numa encenação de Rosamaria Rinaldi, produzida pela Escola de Mulheres — Oficina de Teatro; a tradução era de Paulo Eduardo Carvalho e o título era “Danças a um Deus Pagão”. Cucha Carvalheiro integrava o elenco do espetáculo lisboeta, e é assim, graças quer a essa experiência quer ao apreço pela (excelente) peça de Brian Friel, que decidiu tomar o texto como modelo para “Fonte da Raiva”. São cinco irmãs, Assunção, Augusta, Adelaide, Aurora e Ana. É um irmão, Afonso, padre, que depois de 20 anos em África regressa a Portugal devido às posições anticolonialistas; é José Morais, o Zé Café, um eterno estudante, também namorado de Ana, que tem dele uma filha; Zé Café é mestiço, nasceu em Coimbra, e as suas relações com a irmandade não seguem uma linha reta, antes ziguezagueiam por entre desejo, amizade, simpatia, rejeição (afinal, Ana é mãe solteira), além de uma permanente alegria.
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