7 outubro 2022 15:58

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O FIMP — Festival Internacional de Marionetas do Porto apresenta-se no Porto e em Matosinhos até dia 16
7 outubro 2022 15:58
Na 33ª edição, o FIMP — Festival Internacional de Marionetas do Porto encerra o tríptico dedicado às Ciências e Políticas da Matéria Animada, com o subtítulo “O Mistério da Vida”. Num programa muito diverso, Igor Gandra, diretor artístico do FIMP — também diretor do Teatro do Ferro juntamente com Carla Veloso —, lança algumas questões: “O que define o vivo? O que é estar vivo nas vidas que vivemos?” “Still Life_Nove Tentativas para Preservar a Vida” (na foto), de Tin Grabnar, do Teatro de Marionetas de Liubliana (Teatro Rivoli, hoje e amanhã), é um exemplo da abordagem destas interrogações.
As marionetas aqui são também animais preservados por via da taxidermia, dando a experienciar presenças hiper-realistas manipuladas por marionetistas que expõem em cena a ténue linha que separa vida e morte. A performance-instalação “Arquivo Zombie — O Arquivo Morto-Vivo do Teatro do Ferro” (Espaço Teatro do Ferro, dia 16) também entra nesta discussão, ao propor reanimar objetos que constam do espólio desta companhia. A partir de um percurso dedicado à dança apresenta-se pela primeira vez em Portugal o catalão Jordí Galí, com “T” (Teatro do Campo Alegre, 8 e 9). Depois de ter dançado com nomes como Wim Vandekeybus, Anne Teresa De Keersmaeker e Maguy Marin, tem vindo a desenvolver as relações entre corpo e material, gesto e objeto. Este “T” reformula essa pesquisa, agora colocando o corpo em relação com vigas, escadas e pneus. Até 16 de outubro há muito mais para ver, como por exemplo “Cuckoo” (Rivoli, 13 e 14), do coreano Jaha Koo, “Spirals” (Teatro do Campo Alegre, 14 e 15), do belga Tim Oelbrandt, ou “Maiakovski — O Regresso do Futuro” (TeCA, 12), numa criação conjunta do Teatro do Ferro e Teatro de Marionetas do Porto. Além disso, há documentários, masterclasses e programa WOK (Workshop) e WIK (Work In Progress). / Cláudia Galhós