Teatro

“O Diário de Anne Frank” no Teatro da Trindade: continuar a viver mesmo depois de morrer

2 setembro 2022 16:32

Anne Frank é interpretada por Beatriz Frazão

joão gomes

Escrita a partir de “O Diário de Anne Frank”, a peça com o mesmo nome dá a ver aspetos da vida durante o horror absoluto do nazismo. De 8 de setembro a 13 de novembro no Teatro da Trindade, em Lisboa

2 setembro 2022 16:32

Anne Frank nasceu em 1929, em Frankfurt am Main, na Alemanha. Era filha de Otto e Edith Frank e tinha uma irmã três anos mais velha, Margot. Os Franks eram uma família de classe média alta, cultos; judeus. Em 1933, quando Hitler toma o poder, Otto Frank resolve deslocar os seus negócios e a sua vida para Amesterdão. A família juntou-se a ele em 1934. Em 1939 começa a Segunda Guerra Mundial, e em 1940 dá-se a invasão e depois a capitulação dos Países Baixos. Em 1942, os Franks escondem-se num abrigo secreto que Otto Frank construíra num anexo ao edifício onde tinha os seus escritórios. Pouco depois dos Franks vai para o abrigo um casal amigo com o filho e em seguida, ainda, um outro conhecido. Vivem assim, escondidas, oito pessoas. Em 1944 são descobertas pelos nazis. Todas morrem em campos de concentração, exceto Otto Frank. Depois da guerra descobre o diário que Anne escreveu até ao momento em que foram presos e que tinha sido iniciado pouco antes de irem para o abrigo, em 1942. É publicado em 1947. Antes do fim, Anne parece ter considerado a hipótese de uma publicação futura e introduz algumas correções naquilo que já tinha escrito. Durante a estadia no abrigo recebem a ajuda de empregados de Otto Frank, cujo auxílio e amizade estão para lá de toda a descrição; só os factos podem dar conta disso. Por questões de salvaguarda de intimidade, alguns nomes foram ligeiramente alterados, mas não os da família Frank, nem o de Miep Gies, a grande e incansável amiga e um dos principais elos de ligação com o exterior.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.