29 outubro 2022 18:55

Sondra Radvanovsky em “Medea”, no Met, em Nova Iorque
marty sohl/the metropolitan opera
A abrir a temporada, o Met de Nova Iorque montou pela primeira vez “Medea”, de Cherubini, uma ópera-prima de 1797 descoberta por Maria Callas em 1953. A Gulbenkian transmite-a este sábado
29 outubro 2022 18:55
A “Médée” (1797), de Luigi Cherubini (1760-1842) é fogo que arde para se ver. Segundo a lenda, deslocava-se num carro puxado por um dragão vomitando fogo, qual motor de combustão interna antes de tempo. Terá vivido c. 1300 a.C., antes da Guerra de Troia. Filha do rei Eetes da Cólquida (hoje, Geórgia), terra do fabuloso velo de ouro, possuía artes mágicas que terão permitido ao argonauta Jasão, príncipe de Iolcos, apoderar-se do velo de ouro. Os dois casaram, tiveram dois filhos e fugiram para Corinto (não sem antes Medeia ter matado e desmembrado o seu irmão para frustrar a ira do pai). O drama (431 a.C.) de Eurípedes — que serviu de inspiração à ópera de Cherubini via Corneille — decorre em Corinto, quando Jasão se prepara para casar com Glauce, filha do rei Creonte. Aprendemos com os clássicos que as relações humanas (amorosas ou não) são transacionais.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.