Nome conhecido dos leitores do Expresso, o autor é um dos seus mais antigos colaboradores (desde 1986), como crítico cultural. Feita esta ressalva obrigatória, estaremos mais à vontade para dizer que se trata de um livro simplesmente delicioso. Ao contrário do que o título pode sugerir, nada tem a ver com a instituição parafascista com o mesmo nome, referida só de passagem. “Mocidade Portuguesa” é, afinal, um livro das memórias da ‘mocidade’ de Jorge Calado, um período que decidiu estender até 1970, quando concluiu o doutoramento em química-física na Universidade de Oxford. Nascido à antiga em 1938, na casa paterna, em Lisboa, filho de professores, são muitos os elementos que configuram o que hoje seria declarado, com toda a probabilidade, uma criança sobredotada. A começar pelo facto de ter aprendido “a ler sozinho aos 4 anos tentando decifrar os títulos dos filmes em exibição em Lisboa”.
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