Exposições: Cinco décadas do Ar.Co no espelho retrovisor

Começou por um aviso de uma amiga que viu a exposição antes de mim: “Esta moda de as obras não terem legendas e termos de as identificar numa planta, enfim deixa… sem paciência”. Vi-a uma primeira vez sem atenção de maior, pois estivera com cuidado à mostra dedicada a Veloso Salgado, mas essa visita deu para conferir pela positiva a opinião da minha amiga. As coisas não podiam ficar assim, até pelas muito boas memórias que tenho do Ar.Co onde fui professor e colaborador nos primeiros anos, onde criei amizades que me marcariam para a vida (José Nuno da Câmara Pereira) e me encontrei com pessoas e obras de rara qualidade (Salette Tavares, Ana Vieira). Regressei ao Museu para ver com método e atenção, utilizando os dados colocados à disposição do visitante: os textos de parede, também disponíveis na internet, e a folha de sala tendo de um lado a planta da exposição com as obras ordenadas no espaço por números de um a 57 e, do outro, os números com a informação sobre cada obra.

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