18 março 2023 17:32

Mostra-se matéria quase em bruto porque muitas obras e documentos estão por estudar
Papéis, fotografias, livros, pinturas e desenhos: no centenário de Mário-Henrique Leiria, uma exposição que nos aproxima do artista plástico que o escritor também foi
18 março 2023 17:32
O Centro de Arte Manuel de Brito comemora um centenário, o de Mário-Henrique Leiria (1923-1980), poeta, artista plástico, crítico, jornalista, editor, revolucionário profissional na verdade e no mito autobiográfico, surrealista do bando do Cesariny, do Cruzeiro Seixas e de outros mais, e, comemora como? Com uma exposição documental de matérias quase em bruto, resultado da compra do espólio de Mário-Henrique Leiria (M.H.L.), logo a seguir à sua morte, que Manuel de Brito resgatou de uma possível ida para o inferno, quero dizer para o lixo e para o total desaparecimento.
A exposição, ocupando as anteriores instalações da Galeria 111 no Campo Grande, em Lisboa, é discreta e útil, cumprindo a função básica de qualquer exposição: mostrar. Mostrar matéria quase em bruto porque muitas obras e documentos estão por estudar, o que não impede que estejam bem organizadas em três grandes capítulos e um apêndice complementar.