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“Soares é fixe”: realizador defende a obra, João Soares diz que foi “feito de boa-fé”, Isabel Soares mais crítica e assertiva

O slogan “Soares é fixe” foi um sucesso nas eleições de 1986 e dá nome ao novo filme de Sérgio Graciano. A obra procura contar a história de Mário Soares através de um momento da sua vida: a segunda volta das presidenciais que disputou (e venceu) contra Freitas do Amaral, num Portugal dividido e fraturado. O Expresso desafiou Isabel e João Soares (os dois filhos do antigo chefe de Estado) para uma conversa com o realizador, na qual se esgrimiram pontos de vista antagónicos. Filme estreia esta quinta-feira

“Soares é fixe”: realizador defende a obra, João Soares diz que foi “feito de boa-fé”, Isabel Soares mais crítica e assertiva

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

O meu pai era o contrário” do que o filme mostra. “Era a alegria de viver, toda a gente que o conheceu sabe que era uma pessoa sorridente e sempre bem disposta. Não o revejo naquele homem hesitante, triste, a fumar cigarros sobre cigarros… ele nunca fumou”, afirma Isabel Soares, a propósito do filme “Soares é Fixe”.

À volta de uma mesa redonda no seu gabinete de diretora do Colégio Moderno – tendo aceitado o desafio do Expresso para uma conversa com o irmão, João Soares, e Sérgio Graciano, realizador da longa-metragem que se estreia dia 22 de fevereiro –, a filha mais nova do antigo Presidente Mário Soares prossegue: “Já tinha dito ao Sérgio Graciano que não revejo o meu pai neste filme. Disse-o quando acabei de ver o filme [na antestreia] no Centro Cultural de Belém. O João e eu lembramo-nos que nas horas mais adversas e mais duras, mesmo quando o íamos visitar à cadeia e tudo parecia uma tragédia, ele tinha sempre um sorriso luminoso. Era ele que nos dava ânimo e nos enchia de otimismo. Não revejo o meu pai na figura de um homem acabrunhado, hesitante e triste”.

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