Cinema

Cinema: Ricardo III, o último dos plantagenetas

28 abril 2023 7:18

Jorge Leitão Ramos

Jorge Leitão Ramos

texto

Jornalista

Sally Hawkins no papel de Philippa Langley, a mulher que se dedicou à missão de encontrar a tumba de Ricardo III

“O Rei Perdido”, de Stephen Frears, é um filme caloroso sobre uma mulher comum a perseguir um sonho: descobrir uma tumba, restituir a dignidade a Ricardo III

28 abril 2023 7:18

Jorge Leitão Ramos

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Jornalista

“Um cavalo, um cavalo, o meu reino por um cavalo” — terá bradado o rei à beira de morrer. Não lho deram, passaram-no a fio de espada. Assim pereceu o último dos plantagenetas, no termo da Guerra das Rosas, que poria a Casa Tudor no trono britânico. Assim chegou ao fim o reinado de Ricardo III, monarca sobre todos infame, assassino de crianças, tão disforme de corpo que tinha horror de se ver ao espelho e que, já que não poderia esperar amor, decidiu ser cruel e impiedoso. Eu sei, eu vi, eu estive lá. Não, evidentemente, na Batalha de Bosworth, em 1485, mas no “Ricardo III”, de William Shakespeare, que a Cornucópia pôs em cena 500 anos depois, em 1985. Luís Miguel Cintra encarnava, inexcedivelmente, o soberano corcunda e malsão, de corpo retorcido e esgar das profundas dos infernos. De facto, era medonho — e malignamente sedutor, como o Príncipe das Trevas, decerto, é.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.