Cinema

De Portugal ao Japão: Cinema de Paulo Rocha em Tóquio

Paulo Rocha, no Japão, na altura da rodagem de “A Ilha dos Amores”
Paulo Rocha, no Japão, na altura da rodagem de “A Ilha dos Amores”

O cinema do realizador português Paulo Rocha vai ser exibido numa nova retrospetiva em Tóquio, entre fevereiro e março, revelou esta quinta-feira a embaixada de Portugal no Japão

No dia em que se assinalam dez anos da morte de Paulo Rocha, a embaixada portuguesa no Japão anuncia uma retrospetiva a realizar-se no centro cultural Athénée Français, em Tóquio, de 24 de fevereiro a 4 de março.

No ciclo de cinema serão exibidas dez longas-metragens, das quais quatro serão mostradas pela primeira vez no Japão, com legendas japonesas, embora a embaixada portuguesa não tivesse revelado quais.

Paulo Rocha, considerado um dos nomes fundadores do Cinema Novo nos anos 1960, morreu a 29 de dezembro de 2012, deixando uma cinematografia composta por filmes como "Os Verdes Anos" (1963), "Mudar de Vida" (1966), "O desejado" (1988) e "A raiz do coração" (2000).

Quando morreu, Paulo Rocha tinha completado um derradeiro filme, intitulado "Se eu fosse ladrão... roubava", e deixou, em testamento, toda a obra e património cinematográfico à Cinemateca Portuguesa.

Nascido a 22 de dezembro de 1935 no Porto, Paulo Rocha estudou Direito em Lisboa e Cinema em França, onde obteve um diploma de realização. Foi assistente do realizador francês Jean Renoir e também de Manoel Oliveira e dirigiu o Centro Português de Cinema, na década de 1970.

Paulo Rocha teve ainda uma relação particular com o Japão, onde foi adido cultural da embaixada portuguesa em Tóquio, entre 1979 e 1983. Durante essa temporada no Japão, concluiu o filme "A Ilha dos Amores" (1982), inspirado na vida do escritor Wenceslau de Moraes.

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