Exclusivo

Cinema

Idris Elba enfrenta “A Besta”. É tempo de o ator britânico enfrentar um leão no B-movie deste verão

Idris Elba enfrenta “A Besta”. É tempo de o ator britânico enfrentar um leão no B-movie deste verão

Baltasar Kormákur realiza um drama repleto de ação, com Idris Elba, Sharlto Copley e Leah Jeffries nos principais papéis. O crítico Francisco Ferreira dá-lhe duas estrelas

Este “A Besta” tem uma vocação de série-B à moda antiga que lhe dá uma nota de simpatia e o distingue das estreias deste verão. São águas passadas, é verdade, mas há aqui um lastro daquilo que Mark Robson ou Phil Karlson outrora ofereceram ao cinema americano low budget dos anos 40 e 50, histórias geralmente desempoeiradas e que iam direto ao assunto que tratavam sem pretensão.

No caso do islandês Baltasar Kormákur, cada vez mais decidido a dar rumo à carreira nos States, ele que tem uma predileção por histórias de sobrevivência com personagens em risco de vida, nem é tanto assim, “A Besta” é um ‘falso filme barato’ que nos chega com a chancela da Universal, nunca Robson ou Karlson tiveram CGI à altura (algo que nem sequer existia naquele tempo...) para animar a besta do título — no caso, um leão enraivecido pela morte da sua prole às mãos de caçadores furtivos e que desata a estripar tudo o que de forma humana lhe aparece à frente na savana sul-africana. Idris Elba, ator que é rosto recorrente de filmes de super-heróis, veste aqui a pele do Dr. Nate Samuels, que está de visita à África do Sul para sarar feridas.

A mulher de Nate, originária daquele país, morreu de cancro após a separação deles, com o médico viajam as duas filhas adolescentes do casal com quem ele espera poder reconciliar-se. Aguarda-os Nathan, tio das miúdas, que ganha a vida nos safaris e protege uma reserva natural não aberta a turistas. Aqui jogará “A Besta” os seus trunfos, com Nate a proteger as duas filhas do leão que tem o diabo no corpo, à medida que Kormákur vai assustando a audiência com momentos de terror de qualidade variável. Entretanto, percebe-se que o argumento podia ter ganho outra consistência. Há mesmo lá para o fim um ‘momento Marvel’ totalmente escusado. Mas passa-se por cima desse passo em falso: “A Besta” é eficaz quanto baste, defende em hora e meia um espírito B-movie sem espinhas nem gordura.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários

Assine e junte-se ao novo fórum de comentários

Conheça a opinião de outros assinantes do Expresso e as respostas dos nossos jornalistas. Exclusivo para assinantes

Já é Assinante?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas