5 maio 2023 9:59

Aviões mais pequenos, só com um piloto a bordo, movidos a combustíveis amigos do ambiente e, nalguns casos, a velocidade supersónica. Aeroportos inteligentes, descentralização crescente dos voos, sistemas automatizados de controlo aéreo, novas alternativas em terra para as ligações curtas. O mundo está a mudar. A aviação civil também. Num cenário em que vamos voar cada vez mais
5 maio 2023 9:59
a aviação não surgem grandes novidades súbitas, porque os processos são muito complexos”, garante José Correia Guedes, antigo piloto de linha aérea, autor e conferencista sobre assuntos ligados ao transporte aéreo e à indústria aeroespacial. Mas, ao mesmo tempo, assume que está a ver “muita coisa a mudar”. Nunca se andou tanto de avião e a tendência é para que os números cresçam nos próximos tempos. Mas como serão as nossas viagens num futuro próximo? Mesmo sem surpresas ao virar da esquina, não é difícil perceber que os indícios de mudança apontam para não uma, mas várias revoluções na aviação civil. “Tudo evolui muito depressa”, avisa Jorge Abrantes, perito em aviação e professor de Gestão de Transportes na Escola Superior de Hotelaria do Estoril.
A pandemia cortou a tendência de subida do número de passageiros a nível mundial, mas os últimos dois anos trouxeram uma retoma do tráfego aéreo, coincidindo com o levantamento das restrições à mobilidade. Em 2020 e 2021, todos os mercados subiram e a IATA (sigla em inglês de Associação Internacional de Transporte Aéreo) prevê mesmo que a América do Norte e a América Latina e Caraíbas atinjam este ano os valores de 2019, pré-pandemia. A Europa e o Médio Oriente deverão fazê-lo em 2024, Ásia/Pacífico e África só em 2025.