“A comédia para mim ainda é um continente desconhecido. Isso excita-me”: Marion Cotillard numa grande entrevista

Foi graças a uma comédia popular, “Astérix e Obélix: O Império do Meio”, que Marion Cotillard, atriz dramática, nos falou com demora do seu trabalho. E também levantou um pouco o véu da sua vida. O encontro foi inesperado. Na última edição dos encontros Unifrance, em Paris, ninguém estava à espera dela. Resolveu aparecer sem aviso prévio para promover o novo episódio da franchise mais conhecida do cinema francês, em que ela faz de Cleópatra, num papel secundário. Episódio esse — e a nota não é despicienda — realizado pelo seu marido, o também ator e cineasta Guillaume Canet, ele que, além dessas funções, também interpreta Astérix. O filme estreou-se entretanto naquele país e foi o êxito que as bilheteiras francesas aguardavam no seu mercado interno. Levou até à data 4,5 milhões de franceses às salas, nada de extravagante no país onde o cinema nasceu, mas nada mau, contudo, para os tempos pós-pandemia que correm. Em Portugal estreia-se na próxima quinta-feira, 6 de abril.

Deve ter-se divertido a fazer de Cleópatra. Pode uma personagem como esta comparar-se à preparação de um grande papel dramático?
Não pode. É verdade que aquilo que mais contou aqui foi o divertimento, claro. Até porque o meu papel é muito curto. O que é engraçado nesse caso é que eu não estou nada habituada à comédia. Não é a minha zona de conforto, coisa que, de resto, eu nem sei bem o que é. Acho que fugi sempre dessa zona. O drama é um mundo que eu conheço. A comédia não.

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