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Flores que cumprimentam a primavera: em Portugal, a "rainha" é a gerbera

Flores que cumprimentam a primavera: em Portugal, a "rainha" é a gerbera
Cristiano Salgado

Não é petróleo, nem são armas, nem medicamentos. São apenas flores, o 352º produto mais comercializado do mundo — um mercado que vale 7,84 mil milhões de euros por ano, onde os Países Baixos são reis. É de lá que Portugal mais importa, mas também há produção nacional: só o Montijo representa cerca de 70% da floricultura em território português. A flor da moda é a gerbera

Flores que cumprimentam a primavera: em Portugal, a "rainha" é a gerbera

Carlos Esteves

Jornalista infográfico

Chegou a primavera, a estação das alegrias. Correção: das alergias, que reúnem uma orquestra sinfónica onde os pólenes são maestros. Composta por vários instrumentos do corpo humano, os espirros e as tosses são as melodias mais conhecidas, acrescentando-lhes a percussão-comichão. Para as prevenir, a CUF elaborou em 2021 uma lista de dez estratégias onde, no ponto quinto, se lê: “Não tenha flores dentro de casa.”

Então não é que, na estação das flores, não é aconselhável ter flores? Seja como for, na experiência de Rui Algarvio, vice-presidente da Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais (APPP-FN), pintar a casa com pétalas que casam diversas cores do arco-íris não é — nunca foi — tradição das famílias portuguesas. “Temos, isso sim, picos de venda associados a datas específicas.”

Olhando para o calendário, há uma que sobressai. O dia de São Valentim, comummente denominado como Dia dos Namorados, é aquele que mais vende. Quem o diz é Odete Reino, de 71 anos, florista há 55 porque “aconteceu assim”. Com um sorridente suspiro, explica que, independentemente das voltas que o Sol dá em torno da Terra, ao chegar a altura de iluminar o dia 14 de fevereiro, os seus olhos inundam de uma só flor, de uma só cor. São rosas, senhor. Vermelhas e inesgotáveis — pelo menos na loja de um “bom florista”, segundo Odete: “Tem a obrigação de não deixar que acabem, é preferível que sobrem para o dia seguinte.”

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