Chave na ignição, pé na embraiagem. É o barulho do motor e a fragrância da combustão que acusam o funcionamento do veículo. Parece fácil fazer pressão sobre o acelerador com o pé direito, mas o ponto tem de estar perfeito — ou é uma perfeita dor de cabeça. Primeira mudança posta, arrancam os condutores europeus, ou a maioria, para horas de ponta intermináveis, criando filas de nuvens portadoras de gases com efeito de estufa, responsáveis, segundo o relatório da Agência Europeia do Ambiente, por cerca de um quinto das emissões de dióxido de carbono (CO2) na União Europeia (UE).
Em solo europeu, circulam 270 milhões de carros e carrinhas, 95% dos quais movidos a combustão, ou seja, diesel e gasolina. Já a exceção ao que parece ser regra, que se reúne nos restantes 5%, opta por combustíveis alternativos. Contudo, começa e existir uma tendência crescente para adotar esta excecionalidade: o número de veículos elétricos na UE aumentou 16 vezes em relação a 2015, ano em que se deu o primeiro grande salto para a mudança.
No espectro nacional, relembrando as palavras de Jacques Delors, antigo presidente da Comissão Europeia, Portugal continua a ser o “bom aluno” da sua classe (ou dos melhores). Desta vez, a matéria é adotar alternativas menos poluentes e, segundo a Agência Europeia do Ambiente, o Estado português com as estradas mais ocidentais da Europa encontra-se no 12º lugar, entre os 30 países que compõem o espaço económico europeu, com 19,9% dos pré-registos de carros elétricos no país — e os portugueses agradecem.
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