A Revista do Expresso

Marilyn Monroe: mulher de armas, eterna sedutora. Claro que a vida dela deu um filme

25 setembro 2022 12:12

PROTAGONISTA A atriz Ana de Armas em “Blonde”

netflix

Norma Jeane nunca foi uma grande atriz, mas construiu uma personagem sensacional. Ela foi Marilyn Monroe e tornou-se um ícone do século XX. Agora é a vez de Ana de Armas lhe vestir a pele em “Blonde”, filme com estreia marcada para o dia 28

25 setembro 2022 12:12

Cinco de agosto de 1962. São 3h da manhã quando, numa pequena casa no nº 12305 da Fifth Helena Drive, em Brentwood, nos arredores de Los Angeles, a governanta, Eunice Murray, achou que alguma coisa de grave se devia estar a passar. A dona da casa recolhera-se cedo ao quarto, mas a luz continuava acesa àquela hora tardia. Nenhum barulho para lá da porta, fechada à chave. Ninguém respondia a sucessivos chamamentos. Eunice, que tinha sido contratada pelo psiquiatra Ralph Greenson e lhe fazia relatos diários sobre a senhora do lugar, resolve telefonar ao médico, que acorre de pronto. Arrombada a porta, surgiu um quadro terrífico: caída sobre a cama, nua, com frascos de barbitúricos esvaziados em volta, a mulher estava definitivamente inanimada. Na manhã seguinte, o mundo acordava com a notícia: Marilyn Monroe morrera. As perícias legais precisariam o momento da morte entre as 20h e as 22h, muito antes de ter sido encontrada. A mulher que nascera Norma Jeane Mortenson em 1926, essa desaparecera muito tempo antes sob os traços de Marilyn, a star, a criatura. Tanto que a certidão de óbito vinha em nome do pseudónimo e a tumba, numa pequena cripta no cemitério de Westwood, também é Marilyn Monroe que anuncia.

O que se passou exatamente ao longo daquela noite foi motivo de especulação, páginas e páginas de jornais, livros, teorias da conspiração, fumos de escândalo. O envolvimento sexual com John e Robert Kennedy, histórias de Máfia, hipóteses de assassínio andaram pelas bocas do mundo e pelas cloacas do sensacionalismo, anos e anos. Ainda andam, seis décadas volvidas sobre o desaparecimento de um dos ícones maiores do século XX. Ainda por aí circula, numa perenidade que só tem paralelo em Charlot e em Che Guevara.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.