11 setembro 2022 18:55

O tempo não apagou o simbolismo do “The Falling Man” e, à distância de 20 anos, ele é hoje mais actual do que nunca
11 setembro 2022 18:55
“Yet I am just a man still learning how to fall”
(‘Falling Man’, Blonde Redhead, 2004)
Tão longe, tão perto, assim o terá sentido aquele homem que, à distância de muitos quilómetros, contemplou a tragédia a fazer-se História. Na manhã de 11 de Setembro de 2001, enquanto as Torres Gémeas tombavam, Frank Culbertson era o único cidadão americano que se encontrava fora do planeta Terra. À distância de muitos quilómetros, fora informado por um médico da NASA, por volta das 10 da manhã, de que estavam a ter “um dia terrível cá em baixo”. Por um acaso, a Estação Internacional Espacial, que a cada dia fazia 16 órbitas em redor do globo terrestre, estava a passar por cima da Nova Inglaterra no momento dos ataques. Através de uma escotilha que lhe permitia ver toda a cidade de Nova Iorque, Culbertson filmou, horrorizado, a enorme coluna de fumo negro que emergia da baixa de Manhattan. Só no final do dia se apercebeu de que estivera a olhar do espaço, à distância de muitos quilómetros, o preciso instante em que a Torre Norte do World Trade Center colapsou.
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