28 agosto 2022 9:44

Celebra 60 anos de carreira em setembro, com vários concertos especiais. Ao Expresso, passou em revista o seu percurso único na música portuguesa, falando também de outra das suas paixões, o futebol, ou de política. “Seriedade” é uma das palavras que repete mais vezes
28 agosto 2022 9:44
Numa tarde de muito calor, Paulo de Carvalho sentou-se a falar com o Expresso no palco do Teatro Tivoli, em Lisboa. É aqui que, no próximo dia 2 de setembro, apresentará um concerto especial, de celebração de seis décadas de carreira. Intitulado “60 Anos de Cantigas”, o espetáculo será depois levado ao Coliseu do Porto, no dia 9, ao Convento São Francisco, de Coimbra, a 10, e ao Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, a 17. Em Lisboa, os convidados especiais serão os cantores FF e Selma Uamusse. “Fundamentalmente, pessoas de quem eu gosto”, justifica a voz de ‘E Depois do Adeus’ antes de, com generosidade, revisitar os pontos mais marcantes do seu longo trajeto.
Vai dar vários concertos em setembro. Ainda gosta da vida de estrada, além da música?
Gosto fundamentalmente disso. Gosto de testar [as canções novas] na estrada, com os músicos com quem toco — detesto o termo “a minha banda”. Não sei o que é isso: não tenho banda nenhuma, tenho é uns músicos com quem toco. E eles habituaram-se a decidir comigo a que restaurantes vamos comer. Parece que não, mas isso dá muito prazer. A mesa é um bom ponto de conversa. Não é só uma questão de comida e de comer — dá para falarmos. E eles até têm um dito, a que eu acho graça, que é: “Tocar com o Paulo é bom, porque nos intervalos das refeições até tocamos.” [risos]