10 julho 2022 11:02

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Portugal tem condições para ser um exportador de soluções de smart cities. Mas, embora existam por todo o país cada vez mais iniciativas inovadoras e centradas no cidadão, não há ainda nenhuma cidade totalmente integrada de forma inteligente
10 julho 2022 11:02
A porta quase passa despercebida numa pequena travessa lateral ao Centro de Congressos do Estoril, em Cascais. Um pequeno portão abre-se para nos deixar entrar, depois de terem verificado a nossa identidade e propósito da visita através de um intercomunicador e de uma câmara, acoplados à campainha. Subimos uma escadaria exterior e entramos no interior, num hall despido, minimalista, onde o branco impera. Somos esperados na sala de crise deste centro de controlo, que é, desde 2018, o cérebro de todas as operações que decorrem na cidade.
Ana Almeida Pinheiro lidera o Cascais Cockpit (C2), o centro de operações movido a Inteligência Artificial (IA), com capacidade preditiva, que permite monitorizar muito do que acontece na cidade — desde a mobilidade à energia, gestão de resíduos sólidos, trânsito, segurança pública, entre outras áreas. Começa por explicar o seu modo de funcionamento. Enquanto fala, carrega num botão do comando que tem na mão e a janela fosca por trás de nós torna-se transparente, deixando ver a sala de operações. Sete pessoas trabalham em frente ao computador (o teletrabalho permite que outras tantas estejam em casa), e nos dois anos mais críticos da pandemia foi necessário duplicar a equipa para dar resposta aos pedidos que chegavam.
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