A ex-presidente da Raríssimas foi acusada pelo Ministério Público pelos crimes de falsificação e abuso de confiança. Segundo o “Público”, que avançou com a notícia, a Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras pede ainda a devolução de 384 mil euros.
O Expresso contatou o advogado da ex-presidente da Raríssimas que confirmou a acusação pelos crimes de falsificação de documento e abuso de confiança. Mas Pedro Duro não quis fazer qualquer declaração.
Em causa, ainda segundo o diário “Público”, estão despesas que a Raríssimas denunciou quando contestou a ação que Paula Brito e Costa pôs em tribunal para conseguir uma indemnização depois de ter sido despedida. O cartão de crédito da instituição que estava na posse da então presidente terá sido usado para pagar compras de supermercado onde constavam camarões, vinhos finos e champanhe.
Há gastos com roupa masculina e feminina (incluindo lingerie para os dois géneros) que a Raríssimas considerou estranhos tendo em conta que enfrentava graves dificuldades financeiras.
Paulo Brito e Costa justificou os gastos com o cartão de crédito com despesas relacionadas com a Casa dos Marcos e os seus doentes e que servia também para bem receber as visitas nacionais e internacionais e que isso implicava gastos.
Sobre os mapas das deslocações, garantiu que não eram feitos por si, mas por outras funcionárias e que não controlava esse trabalho.
O caso foi denunciado em 2017 e Paula Brito e Cunha foi afastada por suspeita de gestão danosa tendo recebido 74 mil euros de indemnização num acordo extra judicial.
Noticia atualizada ás 17h39
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