9 agosto 2013 12:46

Desde os 12 anos que Flávio Nunes colabora com a Rádio Cidade de Tomar
Flávio Nunes encabeça uma lista do Movimento Partido da Terra e acredita ter o que é preciso para melhorar a vida dos tomarenses.
9 agosto 2013 12:46
É uma das candidaturas mais surpreendentes das autárquicas deste ano. Flávio Nunes tem 18 anos e é o nome indicado pelo Movimento Partido da Terra (MPT) para presidente da Câmara Municipal de Tomar.
"Mais que um direito, a minha candidatura é um dever! Quero ser um exemplo a seguir pelos jovens da minha geração. Acredito que só podemos mudar alguma coisa se agirmos de forma proactiva. Passei para o segundo ano de Comunicação Social, passei todos exames, tirei a carta de condução e, com esforço e algum mérito, fiquei com tempo. Infelizmente, no presente, faz-se pouco pelos jovens por isso decidi arregaçar as mangas e fazer algo de construtivo", afirma Flávio Nunes ao Quero Estudar Melhor.
O aluno da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes está habituado a lidar com os holofotes locais, uma vez que, desde os 12 anos, colabora com a Rádio Cidade Tomar, onde os seus programas sempre tiveram "uma audiência notável".
Escreve também poesia, textos criativos e artigos de opinião para o blogue pessoal "Idealizando Textos" e sonha em "lançar um livro". Entre 2007 e 2009 Flávio fundou três webradios, lançou uma comunidade online em 2008 e criou, em 2012, um site de notícias chamado "A Comunicar".
Razões que o levam a sentir-se plenamente apto para assumir esta candidatura e também as críticas às opções políticas: "Tento sempre deixar uma marca de mérito por onde passo. Além disso sou honesto, não tenho habilitações de algibeira nem precisei de golpes baixos para chegar a candidato. A campanha ainda não começou, apesar dos outdoors despesistas do PSD e do PS que por aí vemos. São o espelho da gestão desastrosa que estes partidos, em coligação, fizeram em Tomar. Precisam disso para se afirmar", defende.
Já é uma vitóriaDefinindo-se como "um regionalista", Flávio conta que decidiu avançar quando, em 2012, assistiu ao primeiro Congresso de Tomar ("iniciativa apartidária") e em particular, ao discurso de José Gomes Ferreira. Tratou então de avançar "no máximo sigilo" para garantir o fator surpresa e obter a maior atenção possível, mesmo concorrendo pelo partido mais pequeno contra seis outros candidatos: Ivo Santos (CDS-PP), Rui Coutinho (BE), Bruno Graça (CDU), Carlos Carrão (PSD), Anabela Freitas (PS) e Pedro Marques (Independentes por Tomar).
O apoio do círculo mais intímo tem sido condicional, com o pai a ser o mandatário de campanha e a mãe e a tia a integrarem a lista, que conta com muitos amigos, alguns ainda menores de idade, na comissão de honra. O cabeça-de-lista adianta que a candidatura é composta, "na sua esmagadora maioria", por pessoas entre os 18 e os 23 anos.
Flávio Nunes quer apostar no turismo, cultura e associativismo como áreas prioritárias, destacando ainda que pegou na palavra 'Tomar' e transformou-a num acrónimo, que significa "Trabalhar, Organizar, Mobilizar, Agir e Rentabilizar".
O futuro passa por concluir o curso de Comunicação Social e estar sempre disponível para se colocar ao serviço da cidade. Sem avançar com uma previsão para o resultado da eleição, Flávio Nunes não esconde aquilo que o move: "Posso até ficar em último mas saberei que tentei fazer alguma coisa por Tomar e pelos Tomarenses! E isso, já é uma vitória."