Depois da polémica eleição do cabeça de lista para as Europeias, o Livre quer mostrar-se um partido unido e preparado para os novos desafios no XIV Congresso – que se realiza este fim de semana no Pavilhão Municipal da Costa de Caparica –, e que servirá para eleger os órgãos para os próximos dois anos, além de constituir uma rampa de lançamento para as eleições de 9 de junho, com a aprovação do seu programa eleitoral.
Ao Expresso, o fundador Rui Tavares, que volta a integrar uma das listas candidatas ao Grupo de Contacto (direção), admite que o partido tem agora mais responsabilidades, após conquistar um grupo parlamentar a 10 de março, e está em condições de eleger um deputado para o Parlamento Europeu (PE). Entre os desafios, aponta a construção de uma alternativa à esquerda e o combate ao populismo e extrema-direita. E defende ainda que deve ser feita uma “reflexão” sobre o processo das primárias abertas.
“O Livre nasceu como um partido de propostas e não de protesto. Agora tem que ser de governação”, diz perentório Rui Tavares, apontando para o risco de mini-ciclos governativos e para um eventual cenário de eleições antecipadas ser uma oportunidade para o PS, PCP, Bloco, Livre e PAN entenderem-se com vista a constituírem uma maioria de esquerda no Parlamento.
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