Parlamento

Audição de Galamba vai começar mais tarde que o previsto: primeiro os deputados votarão acesso a videovigilância

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, usa da palavra durante uma conferência de imprensa após a polémica com o antigo adjunto do seu gabinete, Frederico Pinheiro (ausente da foto), exonerado na semana passada, 29 de Abril de 2023.
O ministro das Infraestruturas, João Galamba, usa da palavra durante uma conferência de imprensa após a polémica com o antigo adjunto do seu gabinete, Frederico Pinheiro (ausente da foto), exonerado na semana passada, 29 de Abril de 2023.
MIGUEL A. LOPES

Votações em plenário vão atrasar o arranque dos trabalhos da comissão de inquérito. Audição deverá ser pelas 17h40. Erro dos serviços do Parlamento criou confusão sobre as horas. E antes da audição, deputados debatem se pedem imagens de videovigilância do Ministério das Infraestruturas

A comissão de inquérito à TAP vai receber esta quinta-feira o ministro das Infraestruturas, João Galamba, mas a hora de audição foi alterada. Estava agendada para as 17h, contudo, um erro dos serviços do Parlamento fez com que muitos jornais noticiassem que tinha sido antecipada para as 14h.

O erro foi corrigido, a reunião manteve-se para as 17h, ainda que com dez minutos iniciais para que sejam discutidos outros temas.

Mas, afinal, o que vai acontecer é que a audição já vai começar mais tarde, pelas 17h40, e pode mesmo derrapar, já que depende do andamento dos trabalhos no plenário da Assembleia da República.

Num e-mail enviado aos deputados, o presidente da comissão de inquérito, o deputado socialista António Lacerda Sales, informa que a reunião “terá apenas início após as votações em plenário, previsivelmente, pelas 17h30”.

A reunião começa com uma discussão prévia, e pelas 17h40 deverá chegar João Galamba.

Videovigilância

A audição de Galamba arrancará depois da votação (e discussão, se não houver entendimento) de três requerimentos dos partidos.

O Bloco de Esquerda pediu a versão preliminar ou final da auditoria que a EY realizou aos prémios e às remunerações na TAP, encomendada pela própria companhia aérea, e requereu igualmente a pasta de transição que a Parpública entregou ao Governo de António Costa em novembro de 2015.

O Chega fez o requerimento para a “requisição de imagens provenientes do sistema de videovigilância nas instalações do Ministério das Infraestruturas, na noite de 26 de abril”. Em causa estão os desacatos entre Frederico Pinheiro, antigo adjunto de Galamba, e a equipa do Ministério, incluindo Eugénia Correia, a chefe do gabinete.

As versões de ambos foram deixadas nas respetivas audições na quarta-feira (num total de mais de 12h), mas as contradições são inúmeras, desde quem agrediu a quem foi agredido.

Segundo foi relatado por Eugénia Correia, há imagens de videovigilância do piso 0 do Ministério, em que será possível ver o adjunto a tentar sair do edifício utilizando a sua bicicleta, mas não do piso 4, onde três membros do gabinete, incluindo a própria responsável máxima, dizem ter sido agredidas por Frederico Pinheiro quando tentavam agarrar a sua mochila, para impedir que o adjunto levasse o computador de trabalho para fora do Ministério.

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