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Custo da manutenção dos helicópteros EH-101 duplica depois de um ano sem contrato

Custo da manutenção dos helicópteros EH-101 duplica depois de um ano sem contrato
Ana Baião

Os EH-101 estiveram sem contrato de manutenção em 2022. Um ano depois, a fatura da OGMA duplicou, para €5,6 milhões

Custo da manutenção dos helicópteros EH-101 duplica depois de um ano sem contrato

Vítor Matos

Jornalista

Os polémicos contratos de manutenção dos helicópteros EH-101 — que valeram €61 mil por uma assessoria de cinco dias ao ex-secretário de Estado da Defesa Marco Capitão Ferreira e que não tiveram visto do Tribunal de Contas (TdC) em 2019 — mais do que duplicaram este ano. A OGMA — Indústria Aeronáutica de Portugal, que cobrou à Força Aérea €2,2 milhões pela manutenção dos ‘hélis’ de busca e salvamento em 2020, tem agora um contrato de €5,6 milhões, de abril a dezembro deste ano, à espera do visto do TdC.

Mesmo com os valores a disparar, estes ficam muito abaixo do que era cobrado pelo fabricante das aeronaves, a Leonardo Helicopters, que prestou o serviço até maio de 2019. Esses contratos de manutenção total (full in service support), mais abrangentes do que o serviço prestado pela OGMA, custavam €13 milhões ao Estado. Mas depois o preço havia de subir para €20 milhões, uma diferença que estará a ser investigada pelo Ministério Público, segundo noticiou o “Correio da Manhã”. Em meados de 2019 — depois de a Defesa desistir de negociar com a Leonardo — o serviço passou a ser prestado pela OGMA, que antes já era subcontratada e certificada pelo fabricante para fazer a manutenção dos EH-101 na Base do Montijo.

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