André Ventura foi advertido durante a última conferência de líderes, mas recusa-se a retirar “por própria iniciativa” os cartazes afixados nas portas dos gabinetes parlamentares
“Não ao abuso de poder”. Essa é a frase do cartaz espalhado há quase um mês pelas várias portas dos gabinetes do Chega no Parlamento, depois de Santos Silva ter decidido excluir o partido das suas delegações ao estrangeiro. Em jeito de protesto, o partido de André Ventura decidiu afixar, no passado dia 26 de abril, várias folhas A4 com uma fotografia do presidente da Assembleia da República (PAR) riscada com uma cruz vermelha, na sequência da sua decisão, após o polémico protesto na sessão de boas-vindas a Lula da Silva.
Estão à vista de todos – deputados, funcionários parlamentares ou jornalistas –, que passam nos corredores para a sala das sessões e têm sido alvo de críticas por parte de outros partidos. Ao que o Expresso apurou, houve quem alertasse logo o secretário-geral da AR, Albino de Azevedo Soares, na expectativa de que o Chega fosse obrigado a retirar os cartazes. Mas sem sucesso. “Quer manter-se equidistante, não quer ficar mal com nenhum partido. É por isso que está há tanto tempo no cargo”, atira fonte socialista, criticando a sua “falta de proatividade”. “Neste caso, não deve ser o PAR, porque está diretamente envolvido, mas sim o secretário-geral”, insiste a mesma fonte.
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