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No dia em que Marcelo e Costa se reencontraram, foi tudo sobre Guterres: "O melhor a liderar e mobilizar, o mais humilde e o mais rigoroso"

No dia em que Marcelo e Costa se reencontraram, foi tudo sobre Guterres: "O melhor a liderar e mobilizar, o mais humilde e o mais rigoroso"
J.J. Guillen

Na entrega do Prémio Carlos V, em Espanha, António Guterres deixou avisos: a guerra não é coisa do passado, o discurso de ódio propaga-se “à velocidade de um clique” e é preciso um novo “contrato social”. Marcelo elogiou “o melhor” da sua geração e António Costa assistiu, sem discursar. No reencontro público pós-crise, só se falou de paz

“Presidente Rebelo de Sousa, primeiro-ministro Costa, nossos amigos, meus amigos: que bom contar com a vossa companhia neste lugar a honrar um grande português que se entregou à nobre causa de melhorar o mundo e a vida de tantos homens e mulheres do mundo”. A receção do rei de Espanha, Felipe VI, em Cáceres, para entregar a António Guterres o Prémio Carlos V, foi calorosa e o pretexto perfeito para passar aliviar os momentos de tensão que se viveram na última semana em Portugal, entre os “amigos” e “irmãos” Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa.

A “divergência de fundo” que afastou os dois Palácios depois da não-demissão do ministro João Galamba, que, no entender de Marcelo, levou António Costa a desbaratar a “responsabilidade, confiabilidade e autoridade” do Governo português, não era para ali chamada.

Um na mesa de honra, ao lado do Rei de Espanha e do presidente da Junta da Extremadura, o anfitrião do evento que decorreu esta manhã no Mosteiro de São Jerónimo de Yuste; e o outro sentado na primeira fila, a assistir, ao lado de Catarina Vaz Pinto, mulher do homenageado, Marcelo e Costa terão tido tempo para conversar no jantar da véspera, oferecido pelo rei de Espanha a um grupo restrito de convidados, mas, no dia em que voltaram a aparecer juntos publicamente depois da muito mediatizada crise política da última semana, tudo se centrou no homenageado - o antigo primeiro-ministro de Portugal com quem Marcelo teve uma relação muito próxima, não só na transição para a democracia, como também nos anos 90, quando o agora PR, na altura líder do PSD, aprovou três Orçamentos do Estado ao primeiro-ministro socialista, que não tinha maioria no Parlamento, em nome do sucesso da integração europeia.


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