Depois do PCP ter levado ao Parlamento a especulação de preços de bens essenciais, esta quinta-feira no debate de urgência pedido por este partido, a discussão sobre o assunto ainda voltou ao plenário, mas estendeu-se a outros assuntos. Do SNS à situação dos trabalhadores dos serviços de bar dos comboios da CP, cada partido utilizou o momento das declarações políticas para trazer temas que consideravam urgentes para discussão - e para criticar a falta de atuação da maioria socialista. Já o PS, em resposta, elencou uma série de medidas e programas de apoio que permitiu “defender” os portugueses numa altura de pós-pandemia, combinada com uma guerra na Europa e com uma inflação galopante. As declarações do socialista Ricardo Pinheiro não convenceram a oposição e valeram críticas de todas as bancadas. Rui Cristina, deputado do PSD, classificou como “deplorável” o estado do SNS onde o PS esteve no Governo “75% do tempo nos últimos 30 anos”.
“Há um milhão e meio de portugueses sem médico de família. Mais 500 mil do que quando o PS chegou ao Governo”, acusou o social-democrata Rui Cristina. O deputado destacou as “urgências a fechar”, as “grávidas obrigadas a percorrer quilómetros”, o “encerramento” de urgências pediátricas e as “demissões” dos profissionais de saúde. “Tudo por causa de um Governo que não dá respostas”, atira. Lembrando as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, o deputado do PSD disse que a maioria socialista está “cansada”. E ainda acrescentou que PS “desistiu dos portugueses” e não tem “capacidade nem vontade reformista”. “Os portugueses cada vez menos se deixam levar pela vossa hipocrisia, conversa fiada”.
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