Política

De Mafra ao Oeste, a população aumenta. Autarcas falam em “boas dores de crescimento”

5 fevereiro 2023 20:59

Enquanto Lisboa perdeu quase sete mil habitantes, concelhos como Mafra, Torres Vedras ou Arruda dos Vinhos conseguiram aumentar e fixar população. Este cenário representa um desafio para os municípios de garantir infraestruturas e serviços para a população natural destes concelhos e para os novos residentes. Enquanto os autarcas de Mafra e Torres Vedras vêm este crescimento como “perfeitamente integrável”, há concelhos a definir linhas vermelhas.

5 fevereiro 2023 20:59

O aumento dos preços da habitação, a sobrepopulação ou a procura por zonas verdes levou muitos lisboetas a olhar com mais atenção para concelhos limítrofes da Área Metropolitana de Lisboa (AML) ou do Oeste. Os resultados do Censos de 2021 demonstram isso mesmo. Lisboa, enquanto concelho, perdeu quase sete mil habitantes, enquanto os concelhos de Mafra, Torres Vedras e Arruda dos Vinhos viram a sua população aumentar 13%, 5% e 4%, respetivamente.

“Houve uma diminuição dos habitantes de Lisboa e da primeira coroa da AML, e Mafra, que fica na segunda coroa, tem absorvido esta população”, diz ao Expresso Hélder Silva, presidente da Câmara de Mafra e líder dos Autarcas Sociais-Democratas (ASD). Numa década, este concelho ganhou quase 10 mil habitantes. Para o autarca este feito assenta em três pilares: habitação, rodovia e educação. “O concelho tem habitação de qualidade, sem ter um preço demasiado elevado, tem fácil acesso a Lisboa e há qualidade do ensino.” Na zona Oeste as razões para o crescimento da população são semelhantes. “As pessoas têm percebido que Torres Vedras fica a 25 minutos de Lisboa, com um acesso muito facilitado pela A8. Acaba por ser mais rápido ir daqui a Lisboa do que de Almada ou Amadora”, explica Laura Rodrigues, presidente da Câmara de Torres Vedras.