Braga é uma das três cidades finalistas candidatas a Capital Europeia da Democracia, numa lista que conta ainda com Barcelona e Bruxelas. Esta é uma iniciativa que pretende destacar a inovação democrática, promover a coesão, oportunidades de colaboração e participação da sociedade.
A lista final foi elaborada por um júri de especialistas, e a primeira Capital Europeia da Democracia será escolhida por dez mil cidadãos de todos os estados-membros do Conselho da Europa, que irão selecionar a cidade vencedora no próximo mês de janeiro.
“Este é mais um motivo de orgulho para Braga e para as suas instituições. Fazer parte desta lista restrita ao lado de duas das principais cidades europeias, como são Barcelona e Bruxelas, é o claro reconhecimento do sucesso das nossas políticas de abertura do processo de decisão democrática a toda a sociedade, de reforço da cidadania e de promoção de uma forte colaboração entre todos os agentes de desenvolvimento que têm sido cruciais para o sucesso de todas as políticas municipais”, refere em comunicado Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.
Após uma série de visitas às cidades candidatas, o júri de especialistas reuniu-se no início de dezembro para avaliar os programas das cidades candidatas e selecionar três cidades que continuam na lista para ostentar o título de primeira Capital Europeia da Democracia. Os programas apresentados por Braga e por Barcelona e Bruxelas destacaram-se pela sua abordagem multifacetada à democracia, com projetos inovadores da sociedade civil e capacidade comprovada para colaborar e inspirar ações além-fronteiras.
O objetivo da Capital Europeia da Democracia é estabelecer um espaço de colaboração onde os cidadãos da Europa se reúnam, se envolvam, experimentem novas formas de democracia participativa e inclusiva em ação e se inspirem num programa abrangente pensado para promover a democracia e construir ou reconstruir a confiança dos residentes no espaço europeu.
A Capital Europeia da Democracia vai receber diversas atividades que visam atrair visitantes de toda a Europa para se juntarem e participarem em eventos colaborativos para fortalecer a democracia, sendo que a cidade vencedora será reconhecida internacionalmente como um centro de inovação e educação para a participação ativa da sociedade.
De 22 sobram 3
Recorde-se que em julho deste ano eram 22 as cidades que concorriam para se tornarem a primeira Capital Europeia da Democracia. Numa segunda fase, estavam em análise as candidaturas das cidades de Cascais e Valongo, assim como Antuérpia (Bélgica), Barcelona (Espanha), Bolonha (Itália), Bruxelas (Bélgica), Burgos (Espanha), Linz (Áustria), Metz (França), Opole (Polónia), Rzeszow (Polónia) e Sarajevo (Bósnia e Herzegovina).
Uma das últimas iniciativas aprovadas pelo executivo do social-democrata Ricardo Rio foi a atribuição de um apoio extraordinário à prestação bancária dos residentes locais para habitação própria e permanente, ajudas que oscilarão entre os € 100 e os € 200 mês.
Em conjunto com Aveiro, Évora e Ponta Delgada, a velha Bracara Augusta é ainda uma das quatro cidades portuguesas candidatas a receber o título de Capital Europeia da Cultura 2017, escolha final que será revelada esta quarta-feira, 7 de dezembro.
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