2 dezembro 2022 13:16

Costa fez questão de recrutar o adjunto dentro do Governo. Ministro da Economia sai reforçado, mas sem margem de erro
2 dezembro 2022 13:16
Maioria absoluta como sinal de estabilidade era um clássico adquirido, mas oito meses depois deste Governo ter tomado posse será necessário rever esse critério: uma maioria já não é sinónimo de estado de graça e pode dar sinais de instabilidade muito cedo. Só nos últimos cinco meses (ver caixa), o Executivo chefiado por António Costa sofreu mexidas em 18% dos seus 56 lugares (dez alterações) e já foram borda fora 12,5% dos que tinham embarcado no fim de março (sete demissões), um resultado de que não há registo em início de mandato, muito menos quando um partido governa sozinho com maioria parlamentar.
O PSD, através do secretário-geral Hugo Soares, falou de “caos e erosão” e “perda de autoridade política e governativa”. No Governo, há consciência de que este não é um produto fresco, onde se acumulam sete anos de desgaste, que ganha uma maioria absoluta quando já se falava em fim de ciclo. Tanto que o que marcou a tomada de posse foi o aviso do Presidente da República a dizer que o primeiro-ministro não podia sair antes do fim do mandato. “O PS nunca tinha governado sete anos seguidos”, diz uma fonte governamental. “Temos um grande conjunto de medidas tomadas. Agora é preciso que se perceba para onde vamos continuar a ir”, diz o mesmo governante.