13 novembro 2022 9:23

Na Trofa, a vítima de Marcelo foi a ministra da Coesão, numa cerimónia em que também estava o líder do PSD
fernando veludo/lusa
Presidente não vai aliviar pressão, sobretudo sobre aplicação de fundos. Socialistas cuidadosos a reagir para evitar “dar pretextos” ao chefe de Estado
13 novembro 2022 9:23
Num jogo típico de coabitação em maioria absoluta, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa viveram na última semana um pico de tensão política que deixou o Partido Socialista em estado de alerta: “Até onde pode ir Marcelo?” A ordem interna é para conter reações a um chefe de Estado imprevisível e a quem sabem que não podem “dar pretextos”.
No sábado, o Presidente da República aproveitou uma plateia mesclada de poder local, regional e central para disparar mais um tiro de pólvora ao Governo (na pessoa da ministra da Coesão, que estava à mão) pelo que considera ser a fraca execução do PRR. O primeiro-ministro, na segunda-feira, tentou desvalorizar, falando de “criatividade” presidencial em nome da boa relação institucional que não lhe interessa perder, mas deixou o presidente do PS avisar Marcelo de que tinha sido “infeliz”.